Serie A

Parada de inverno: Genoa

Sempre atrás: está é a dura vida dos defensores do Genoa na temporada (AP Photo)

Campanha
11ª posição. 16 jogos, 24 pontos. 7 vitórias, 3 empates, 6 derrotas. 28 gols marcados, 27 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 3, da 1ª à 3ª rodada
Maior sequência de derrotas: 2, da 8ª à 9ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 3, duas vezes
Maior sequência sem vencer: 3, da 4ª à 6ª rodada
Artilheiro: Hernán Crespo, Sergio Floccari, Giandomenico Mesto e Raffaele Palladino, 4 gols
Fair play: 43 amarelos, 6 vermelhos

Time-base
Amelia; Biava, Moretti, Bocchetti; Rossi, Milanetto, Zapater (Modesto), Criscito; Sculli, Mesto (Crespo/Palacio/Floccari), Palladino.

Treinador
Gian Piero Gasperini. Desde 2006 no clube, talvez esta seja a fase mais difícil vivida pelo piemontês em Gênova. Após levar os grifoni para uma competição europeia após 19 anos, o treinador encontra problemas para arrumar sua defesa. Sem Ferrari, a (antes sólida) zaga é a terceira pior desta Serie A, contrastando com um ataque que ainda funciona bem, apesar de não se saber ao certo quem é titular ou reserva. Esta dificuldade em formar um onze inicial mais fixo acomete todos os setores do time e reflete na irregularidade da equipe em campo. Além dissso, pela primeira vez em anos, Gasperson também encontra problemas disciplinares no elenco. Amelia foi afastado e abriu espaço para o limitado Scarpi. O goleiro da Azzurra pode ser negociado já em janeiro.

Destaque
Raffaele Palladino. Apontado como uma das principais revelações italianas da década, o napolitano enfim corresponde às expectativas depositadas sobre si após ótima passagem pela Salernitana e mereceu a convocação de Lippi para os amistosos de novembro. Sempre atrapalhado por lesões, Palladino encontrou a boa forma e tem sido o ponto de fantasia da equipe, desequilibrando partidas a favor de sua equipe, como no dérbi contra a Sampdoria e na busca pelo empate contra o Parma. Destacam-se também os aguerridos Giuseppe Sculli, Giandomenico Mesto e Marco Rossi, capitão da equipe, verdadeiros leões em campo. Rodrigo Palacio, que finalmente chegou ao futebol europeu, também tem agradado.

Decepção
Salvatore Bocchetti. Tido como promissor e postulante a uma das vagas na defesa azzurra para a Copa de 2010, a temporada do napolitano assusta. É natural que jogadores jovens demonstrem irregularidade, mas Bocchetti foi titular durante toda a campanha passada e já poderia estar em outro patamar. É verdade que muito de seu mal desempenho se deve à insegurança de Biava e Moretti, seus companheiros de defesa, mas se imaginava que esta seria a temporada de sua afirmação e não de estagnação. Zapater, que começou a temporada voando, não tem jogado bem e já começa a frequentar o banco de reservas. Apesar do bom funcionamento do ataque, a falta de um homem-gol como Milito faz falta. Hernán Crespo e Sergio Floccari tem, juntos, apenas oito gols – menos que o atual atacante da Inter tinha, sozinho, nesse mesmo momento da competição. Floccari já pode estar de saída. Caso Cruz deixe a Lazio, o calabrês pode pintar em Formello.

Perspectiva
A princípio, vaga na Liga Europa ou, sonhando um pouco mais alto, na Liga dos Campeões. A eliminação na Liga Europa na semana passada deve ajudar na performance da equipe na Serie A, já que não será mais necessário dividir-se entre duas competições. Classificar-se para a UEFA Champions League é possível, desde que se resolva a irregularidade demonstrada até então. Mesmo com tantos percalços, a equipe lígure ainda está muito próxima da zona Champions, quatro pontos atrás da Roma e com um jogo a menos. Kharja e Jankovic devem retornar de suas graves lesões e a possível contratação do brasileiro Fernando Menegazzo pode dar mais pegada ao meio-campo. Sonhar com a elite europeia vale a pena, mas se for necessário se contentar com a segunda classificação consecutiva para a Liga Europa, está de bom tamanho.

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