Serie A

Review da temporada: Udinese

Di Natale: ele foi o cara, mas a Udinese… (AP Photo)

A CAMPANHA 15ª colocação, 44 pontos. 11 vitórias, 11 empates e 16 derrotas

FORA DA SERIE A Eliminada pela Roma nas semifinais da Coppa Italia

O ATAQUE 54 gols

A DEFESA 59 gols

OS ARTILHEIROS Antonio Di Natale (29 gols), Antonio Floro Flores (9) e Simone Pepe (7)

OS ONIPRESENTES Samir Handanovic (37 jogos), Antonio Di Natale (35), Aleksandar Lukovic e Gokhan Inler (ambos com 33)

OS TÉCNICOS Pasquale Marino (até a 17ª rodada e a partir da 26ª) e Gianni De Biasi (da 18ª à 25ª)

QUEM DECIDIU Antonio Di Natale

QUEM DECEPCIONOU Gaetano D’Agostino

QUEM SURGIU Aleksandar Lukovic

QUEM SUMIU Gaetano D’Agostino

MELHOR CONTRATAÇÃO Paolo Sammarco

PIOR CONTRATAÇÃO Bernardo Corradi

NOTA DA TEMPORADA 4

Uma temporada assaz decepcionante para a Udinese. Com um mercado inútil – Sammarco só pode ser chamado de melhor contratação por falta de escolhas – o elenco se reduziu a uma versão piorada daquele da temporada anterior. Não só graças à perda de Quagliarella, como também no desgaste psicológico, com a queda de rendimento nítida dos assediados D’Agostino e Inler. Bons jogadores como Isla e Zapata não bastaram para manter a qualidade de um elenco com potencial acima da média, mas que caiu, em um ano, da 7ª para a 15ª posição da Serie A.

Lutar contra o rebaixamento não deveria ser a meta do clube friulano, que deve agradecer aos céus por ter mantido Di Natale em seu elenco. O atacante esbanjou inspiração numa temporada de seca para os bianconeri, e merece um parágrafo para si. Ele foi artilheiro isolado de uma competição na qual o clube não chegou perto de agradar, bateu o recorde de gols do alemão Bierhoff e alcançou a marca de 100 gols na Serie A. Sem Totò, é duro imaginar qual teria sido o rumo da Udinese nesta última stagione. Foi um ano impecável, que lhe assegurou uma vaga na seleção de Marcello Lippi.

Ainda no ataque, Sánchez continua se mostrando outro atleta de potencial. Floro Flores, embora não iguale Quagliarella, tem sua utilidade. Pepe também é limitado, porém, ainda assim, mais um razoável jogador. A defesa, que viu Lukovic se firmar após a saída de Felipe, deixa a desejar. D’Agostino, que sonhou em se transferir à Juventus ou ao Real Madrid, sumiu, e, ao contrário de Di Natale, viu sua vaga na seleção evaporar, e a qualidade do meio-campo despencar. No gol, Handanovic se mostrou menos estabanado e mais amadurecido.

A próxima temporada é um desafio para Francesco Guidolin, de volta a Udine após comandar uma equipe que tinha Amoroso. O novo treinador precisará contar com um mercado muito melhor que o anterior, no qual o primeiro passo deverá ser a manutenção de Di Natale – algo que depende muito de sua participação na Copa do Mundo. Se Corradi foi contratado para marcar seus golzinhos, a decepção foi grande: não deixou nenhum. Fabián Orellana, aposta chilena, sequer entrou em campo e foi emprestado ao Xérez. A temporada 2009-10 deve ser esquecida em Udine. Se ao menos não houve nenhum desastre, é necessário acertar seus passos para evitar que algum aconteça no futuro.

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