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Top 100 Serie A: 60-51

Agora só faltam 50! Chegamos à metade do nosso especial com os 100 principais jogadores do Campeonato Italiano nas últimas cinco décadas. Confira quais são as figurinhas da vez logo abaixo.

Top 100 Serie A

>>> 100-91 | 90-81 | 80-71 | 70-61

60º – Pietro Vierchowod

Posição: zagueiro
Clubes na Serie A: Como (1980-81), Fiorentina (1981-82), Roma (1982-83), Sampdoria (1983-95), Juventus (1995-96), Milan (1996-97) e Piacenza (1997-2000)

Filho de um ex-combatente ucraniano do Exército Vermelho, Vierchowod não demorou a ganhar o apelido de Zar (equivalente italiano para Czar) por conta do papel de líder que exercia como zagueiro. Após início de carreira promissor no Como, foi comprado pela Sampdoria em 1981 e virou protagonista da era mais vitoriosa da equipe, com um título italiano e quatro Copas da Itália. Antes de estrear pelos blucerchiati, porém, ganhou experiência na Serie A jogando por Fiorentina e Roma – porque a Samp jogou a Serie B nessas temporadas e, por contrato, ele não poderia jogar a segunda divisão. Na Roma, jogou ao lado de Falcão e foi peça importante no segundo scudetto da equipe, em 1982-83, atuando em todos os jogos do campeonato. De 1984 até 1995 só vestiu as cores da Samp e virou lenda em Gênova. Em 1995-96, ainda foi campeão da Liga dos Campeões pela Juve. Depois, ainda brilhou por Milan e Piacenza, mesmo que sem ter levantado mais taças. Aos 41 anos e com 562 partidas na Serie A, encerrou a carreira como lenda da posição mais famosa da Itália.

59º – Giuseppe Signori

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Foggia (1991-92), Lazio (1992-97), Sampdoria (1997-98) e Bologna (1998-2004)

Jogador veloz e de canhota muito potente, Giuseppe Signori quase desistiu da carreira de jogador por causa da baixa estatura (1,68m). Dispensado dos juvenis da Inter, ele recebeu o apoio da família e caminhou para o Albinoleffe, onde teve as primeiras oportunidades de crescer. Estreou como profissional pelo Piacenza e passou pelo Trento antes de se destacar nacionalmente pelo Foggia, treinado por Zdenek Zeman. Com um sistema que jogava praticamente para si, foi o principal homem do “Milagre de Foggia”, como ficou conhecido o primeiro acesso do time para a elite do futebol italiano. Os muitos gols o levaram para a seleção italiana e para a Lazio, onde foi ídolo entre 1992 e 1997. Nesse período, foi artilheiro da Serie A em três oportunidades. Perdeu espaço na equipe por causa da idade avançada e partiu para Sampdoria e Bologna. No último time de sua carreira pela Serie A, voltou a marcar com frequência e tornou-se, antes da aposentadoria, o nono maior artilheiro da história da Serie A, com 188 gols em 344 jogos. A média de 0,54 por partida só não é maior que a de Gunnar Nordahl (0,77) e Giuseppe Meazza (0,59) entre os top-10.

58º – Zico

Posição: meia
Clubes na Serie A: Udinese (1983-85)

Dono de 22 títulos pelo Flamengo, Zico deixou a Gávea em 1983 porque o clube não tinha mais condições de recusar as propostas milionárias que chegavam pelo craque. Com um caminhão de liras para o rubro-negro e outro para o Galinho, a Udinese venceu a disputa para ter o ídolo. Na Itália, o meia fez fortuna em apenas três temporadas e, mesmo sem títulos, ficou para a história. Sua chegada na Bota já foi memorável: como os valores da transferência eram muito altos, a Federação Italiana suspendeu o contrato. Como protesto, a torcida friulana encheu a Piazza XX Settembre, a principal de Údine, e cantou “ou Zico ou Áustria”, uma ameaça separatista que assustou até o então presidente italiano, Sandro Pertini, que interveio a favor da contratação. Ídolo antes mesmo de entrar em campo, ele correspondeu com a bola nos pés e ficou na memória da torcida. Os gols de falta geraram discussões intermináveis em programas de debate e a habilidade fora de comum entortou alguns dos melhores marcadores do país durante três temporadas. Farto de ser a única estrela do time e das promessas não cumpridas de um elenco mais competitivo ao seu lado, ele deixou a Udinese em 1985 e voltou ao Flamengo.

57º – Zlatan Ibrahimovic

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Juventus (2004-06), Inter (2006-09) e Milan (2010-12)

Alto, forte, veloz e habilidoso, Ibrahimovic é um dos atacantes mais completos do século. Na Itália, sua contratação foi sinônimo de título por muitos anos: venceu todas as Serie A que disputou entre 2004 e 2011 (seis ao todo, duas delas revogadas, por causa do escândalo de manipulação de resultados que levou a Juventus à Serie B), sempre com muitos gols. Primeiro, se destacou com golaços – e muitos cartões bobos – na Juventus. Depois, partiu para a Inter, onde chegou a seu auge e conquistou três títulos italianos, liderando uma equipe que, no entanto, não era forte em nível continental. Isso o fez trocar Milão por Barcelona em uma escolha da qual certamente se arrependeu. Os desentendimentos com Pep Guardiola o levaram de volta à Itália, dessa vez para o Milan, onde mais uma vez foi decisivo (artilheiro, com 28 gols) e levantou novo scudetto. A fragilidade rossonera na Liga dos Campeões e a crise financeira do clube, porém, foram obstáculos para que ele permanecesse na Bota.

56º – Gianluca Pagliuca

Posição: goleiro
Clubes na Serie A: Sampdoria (1987-94), Inter (1994-99), Bologna (1999-2005) e Ascoli (2006-07)

Após despontar na equipe juvenil do Bologna, Pagliuca foi comprado pela Sampdoria aos 20 anos e não demorou para se tornar referência no clube genovês. Assumiu a titularidade já em sua segunda temporada e, ao lado de Gianluca Vialli, Roberto Mancini, Toninho Cerezo e Pietro Vierchowod, entrou na memória dos torcedores blucerchiati, conquistando um scudetto, três Copas da Itália e o vice-campeonato da Liga dos Campeões. As atuações de gala o levaram à titularidade da seleção italiana e o fizeram um dos jogadores mais importantes no vice da Azzurra em 1994, contra o Brasil. Com valor de mercado elevado, ele se transferiu para a Inter logo após o Mundial e também virou ídolo nerazzurro, apesar de ter levantado apenas uma taça em Milão (a Copa da Uefa de 1997-98). Em 1999, ele voltou ao Bologna que o revelou e ainda teve curta passagem pelo Ascoli antes de pendurar as luvas.

55º – Cesare Maldini

Posição: zagueiro
Clubes na Serie A: Triestina (1952-54), Milan (1954-66) e Torino (1966-67)

Versátil e inteligente como poucos, Cesare Maldini – pai do também ídolo Paolo – atuava com a mesma eficiência em todas as posições da defesa: zagueiro, lateral e líbero. Com muita personalidade, se tornou um dos maiores nomes do Milan que cresceu em termo nacional e continental nas décadas de 1950 e 1960. Em 12 anos vestindo rossonero, levantou quatro scudetti e a primeira Copa dos Campeões conquistada pela equipe. Foi o capitão do time entre 1961 e 1966 e abriu espaço para as funções que exerceria posteriormente, como auxiliar técnico, treinador e até diretor técnico. Entre 1986 e 1996, fez um belo trabalho com a seleção de base da Itália, revelando, entre outros, seu filho Paolo Maldini, e conquistando três Eurocopas sub-21. Assim, ganhou uma chance na seleção principal entre 1996 e 1998, mas sem muito sucesso. Faleceu em 2016, aos 84 anos.

54º – Sinisa Mihajlovic

Posição: zagueiro/meia
Clubes na Serie A: Roma (1992-94), Sampdoria (1994-98), Lazio (1998-2004) e Inter (2004-06)

O sérvio Mihajlovic é figura antiga do futebol italiano. Desembarcou como jogador na Roma em 1992 e não deixou mais o Belpaese, acumulando ainda boas passagens por Sampdoria, Lazio e Inter, antes de começar a carreira como treinador. Bicampeão italiano, Sinisa sempre foi muito respeitado no país pelo entendimento tático que tinha. Começou atuando como volante, passou pela lateral esquerda e se fixou como zagueiro central, sempre com inteligência. Apesar da posição, acumula grande número de gols na carreira (75) pois foi um dos maiores batedores de falta que já passou pela Bota. Em partida histórica contra a Samp, quando ainda atuava pela Lazio, chegou a marcar três vezes dessa forma, alcançando marca histórica, que permanece até hoje.

53º – Kurt Hamrin

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Juventus (1956-57), Padova (1957-58), Fiorentina (1958-67), Milan (1967-69) e Napoli (1969-71)

Sueco que fez carreira na Itália, o atacante Kurt Hamrin marcou época com a camisa da Fiorentina, com muita velocidade e faro de gol. Ele desembarcou em Florença após passagem sem brilho pela Juventus e regular pelo Padova, mas com a honra de vice-campeão do mundo com sua seleção na Copa de 1958. O atacante aterrissava com uma difícil missão: substituir o ídolo máximo viola à época, o brasileiro Julinho Botelho. A pressão de tomar o lugar do brasileiro, porém, não atrapalhou e Hamrin alçou voos altos, se tornando um dos maiores ídolos da história da Fiorentina. Até hoje, é o maior artilheiro da história do clube, com 208 gols em 289 partidas – 150 deles na Serie A. Com 190 gols na competição, Hamrin é o oitavo maior artilheiro da competição na história. Conquistou duas Copas da Itália e uma Supercopa Europeia em Florença e partiu para o Milan, onde levantou seus maiores títulos (Serie A e Liga dos Campeões). Também passou pelo Napoli no fim da carreira, mas sem o mesmo brilho que o faz ser idolatrado em Florença até hoje.

52º – Agostino Di Bartolomei

Posição: meia
Clubes na Serie A: Roma (1972-75 e 1976-84), Milan (1984-87) e Cesena (1987-88)

Di Bartolomei está para a Roma assim como Zico está para o Flamengo, Marcos para o Palmeiras ou Rogério Ceni para o São Paulo. Nas décadas de 1970 e 1980, poucos eram tão identificados com o clube como ele. Passou por todas as categorias juvenis da Roma antes de brilhar no time principal e se tornar um dos capitães mais lembrados da história giallorossa. Atuava como meia mais recuado e distribuía bem o jogo, com lançamentos precisos e grande visão – ao estilo Andrea Pirlo -, além de marcar muito bem. Qualidades que o fizeram um dos principais jogadores do time que chegou ao scudetto em 1982-83. Foram 15 anos liderando a equipe antes que o técnico Sven-Göran Eriksson forçasse sua saída para o Milan. É idolatrado também por ter se revoltado com essa atitude e nunca ter perdoado a diretoria por tê-lo tirado do seu time de coração.

51º – Gianluca Vialli

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Sampdoria (1984-92) e Juventus (1992-96)

Vialli divide com Roberto Mancini a honraria de maior ídolo da história da Sampdoria. Letal dentro da área (e também muito decisivo fora dela, por conta da velocidade e capacidade de atuar pelas alas), formou com o próprio Mancini a famosa dupla os “Gêmeos do gol”, que elevou a Sampdoria a outro patamar com gols decisivos para as conquistas da Serie A (1991), da Recopa Europeia (1990) e das Copas italianas de 1985, 1988 e 1989. Foi sempre marcado por ser o artilheiro dos gols importantes: na campanha do único scudetto da Samp na história, foi o maior goleador da competição e deixou sua marca contra os principais rivais Milan, Inter, Juve e Napoli. Também fez os dois gols da vitória contra o Anderlecht, pela Supercopa da Europa, único título continental do time. Em 1992, deixou a Samp rumo à Juve em uma das maiores transações do futebol à época. Em bianconero, conquistou mais uma Serie A, uma Liga dos Campeões e escreveu de vez seu nome na história do futebol italiano.

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